Passados os piores dias de cacimbo, arrisco uma classificação dos viventes dessa cidade. Antes sugiro que compreendamos que toda a rotulagem que uso aqui seja compreendida numa taxonomia maior e aceita cientificamente em todo o mundo desde séculos e séculos... AMÉM. Está escrita numa antiga enciclopédia chinesa e foi resgatada por Jorge Luis Borges e depois por Foucault. Lembrem-se:
Os animais se dividem em:
“a) pertencentes ao imperador; b) embalsamados; c) amestrados; d) leitões; e) sereias; f) fabulosos; g) cachorros soltos; h) incluídos nesta classificação;
i) que se agitam como loucos; j) inumeráveis; k) desenhados com pincel finíssimo de pelo de camelo; l) etcétera; m) que acabam de quebrar o jarro; n) que de longe parecem moscas”.
A taxonomia geral de Luanda, segundo eu que vos escrevo poderia seguir a seguinte divisão:
A) os que usam panos coloridos e que são mulheres;
B) os que são guardas;
C) os que usam abotoaduras nas camisas;
D) os menos negros com muito dinheiro;
E) os brancos vindos de outro país;
F) os chineses;
G) os lavadores de carro;
H) os políticos;
I) os que se enquadram nas classificações C, D e H;
J) os atingidos por minas terrestres;
L) os que cagam na rua duarante o dia;
M) os que foram à fila para gasolina;
N) o presidente da repúbluca;
O) os que se encaixam na classificação A e trocam dinheiro na rua;
P) os que sempre respondem “obrigado”;
Q) os albinos;
R) os que ainda não sabem que tem sida.
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Faltou "os que classificam os outros". Hehehe...
ResponderExcluiresse olhar não me parece de cacimbo, não me parece turvo!
ResponderExcluirbeijocas
é EU, os que classificam os outros, os que tem a impressão de entender tudo... somos fracos, todos...não
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